Na Grécia antiga a Pólis (o povo) se reunia em um espaço aberto cercado de prédios públicos , para debater a política, a filosofia, as artes e tudo o que envolvia a sociedade grega. Era a conhecida ÁGORA, local onde os cidadãos que nasciam livres podiam opinar e votar em temas políticos que se concretizavam em lais pelo voto direto dos cidadãos. Era o exercício da representação direta do povo.
Com o passar dos anos a democracia direta foi substituída pela democracia indireta, por meio de representantes "eleitos" pelo povo, para atender a vontade do povo. A democracia indireta nasceu na Europa no século XVII, que por meio do parlamento se tentava diminuir o poder absolutista (do poder executivo, monarca, etc).
O poder legislativo
A Câmara legislativa de Timon possui 21 vereadores, sendo 15 da "base" da prefeita e 6 de oposição. O Que fazem estes vereadores além de ficarem trocando farpas entre si, em que um fica acusando o outro, e a maior parte se comportam como defensores de seus interesses pessoais?
Basta ver o caso do vereador Jorge Passos que antes defenestrava a imagem da prefeita e após indicar uma planilha para a mesma com nome de familiares com gordos salários, a transformou em uma santa imaculada. O Ministério Público interviu e o tal viu seu planilhão ser desfeito.
Uma das atribuições da câmara legislativa é receber a proposta orçamentária do poder executivo, analisar junto com a participação popular da sociedade civil, alterar, aprovar ou reprovar o texto proposto. A Câmara de Timon faz isso? Só nos resta os risos.
Após aprovado e publicado o texto, o poder executivo começa a sua sanha de gastança com a folha de pagamento, com os serviços de saúde, da educação, assistência social, previdência, lazer, obras públicas e demais serviços. Todos os gastos deveriam ser vigiados pelos "representantes" do povo, mas na prática e no mundo real isso não acontece. É só amém e amém.
A Câmara Municipal de Timon, que ao longos dos anos está decaindo no conceito social, não tem credibilidade diante da sociedade que imagina melhor representação. O nível intelectual dos vereadores é um show de horrores nas duas seções semanais. Algumas vezes parece um circo, chega a ser engraçado.
Todos os gastos da prefeitura geram notas, empenhos, extratos de movimentação bancária, que forma a contabilidade organizada em balancetes, que deveriam ser examinados minuciosamente pelos vereadores com o intuito de investigar fraudes em licitação, gastos exorbitantes fora do comum, pagamentos, entre outros. Quem lá na Câmara os examina, questiona da tribuna nas seções? Um ou dois no máximo.
A Câmara Municipal de Timon é uma casa de bajuladores do poder executivo, de negociadores que põe em dúvidas seus votos em plenário.
A Câmara Municipal de Timon é omissa e incapaz de detectar corrupção, desvio de dinheiro dos contribuintes.
A Câmara Municipal é o símbolo da ineficiência, da vergonha e da antirrepresentatividade.
É uma Câmara que não sabe ler ou não quer ler sequer um balancete e julgá-lo com imparcialidade, justiça e juízo social. Deveria ser o maior órgão fiscalizador da administração pública, mas age como orgão carimbador da vontade de quem detém o orçamento municipal.
A Câmara de Timon se tornou um peso para a sociedade que tem que sustentar um bando de egoístas e omissos que não tem a coragem de desempenhar o mínimo de suas atribuições constitucionais.
Até quando o povo vai errar em suas escolhas?