O crime compensa no Brasil, principalmente os crimes de natureza de corrupção política, tais como corrupção ativa, corrupção passiva, concussão; prevaricação e advocacia administrativa, suborno ou propina; nepotismo; extorsão; tráfico de influência; utilização de informação governamental privilegiada para fins pessoais ou de pessoas amigas ou parentes.
O eleitor atento deve ter em mente que esses crimes são de difíceis comprovações porque o esquema de desvio de dinheiro dos impostos pagos pelos contribuintes é esquematizado por organizações criminosas em que na maioria das vezes é comandado por grupos políticos que detém variados mandatos, de maneira que os órgãos fiscalizadores tais como ministério público e tribunais de contas têm dificuldades para verem alguma movimentação suspeita, fraude em licitação de obras e serviços.
Mas o eleitor pagador de imposto por sí deveria formar juízo e se perguntar: porque somente a empresa X por muitos anos ganha determinada licitação de obras de asfalto e calçamento? Porque somente empresa Y ganha licitação de construções, reformas, obras e prestações de serviços públicos durante o período de governo?
O dinheiro lavado, desviado e ocultado, é distribuído para fins aquisição de patrimônio pessoais de políticos e empreiteiras, também para fins eleitoreiros, principalmente para comprar a imprensa, comprar lideranças políticas e uma grande parte do fruto da corrupção é distribuído para as "mulas" comprarem votos na semana de cada eleição majoritária ou proporcional.
A maior fiscalização, neste caso, deveria ser a desconfiança dos eleitores, se é que repudiam a corrupção e desvio do dinheiro público.
A reeleição no Brasil foi um presente para oligarquias e organizações criminosas da política que governam estados e cidades por vários anos. Há raras exceções.
Um regime oligárquico é concentrado nos desvios do dinheiro público que é distribuído apenas para o grupo político se enriquecer durante muitos anos, e o povo e a cidade ficam em segundo lugar, sem os devidos cuidados e serviços pelos quais pagam via impostos.
A conscientização dos eleitores é a única arma que pode derrotar esses males que se fincaram no país via voto "democrático", e causam pobreza, fome, miséria, morte e abandono das cidades.